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Você sabe quantos gatos existem no mundo?

  • Foto do escritor: Cris Improta
    Cris Improta
  • 3 de mai. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 14 de set. de 2021



Carta Inspiração para os Voluntários do

Núcleo Conhecimento - Business Agility Institute - Brasil


Conhecimento, Aprendizagem e Criatividade

Num Ted Talk chamado “O que é conhecimento na era do Big Data?”, Timandra Harkness conta que num evento para inspirar estudantes para a matemática, um palestrante colocou a seguinte pergunta: Quantos gatos existem no mundo? Essa pergunta é o que é conhecido como pergunta Fermi. Fermi foi um físico italiano ganhador do prêmio Nobel que era conhecido por fazer perguntas para as quais é impossível ter uma resposta precisa. O objetivo é estimular o raciocínio. Enquanto o palestrante fazia associações para chegar a uma estimativa, um garoto levantou a mão e disse que tinha a resposta. Ele tinha feito a pergunta ao Google e recebido o valor de 600 milhões de gatos...


Vivemos numa era em que informação é confundida com conhecimento e em que as perguntas não são mais necessariamente algo para despertar a imaginação na busca da aprendizagem e do crescimento. No mundo organizacional vemos, muitas vezes, as pessoas confundirem "saber que" com “saber como” e repetirem buzzwords do momento à exaustão, sem qualquer conexão pessoal ou lastro em experiência. Como em muitas outras esferas, a relação com o conhecimento se tornou uma relação de consumo, uma relação utilitária... Mas será que saber é conhecer?


É impossível, para mim, abordar o tema do conhecimento sem associá-lo à aprendizagem e até mesmo à criatividade.


O conhecimento do qual eu quero falar aqui é aquele que nos transforma e nos torna mais capazes em nossa atuação no mundo, profissional ou não. Uma atuação de protagonismo e autoria. De criação. E esse tipo de conhecimento demanda motivação. Motivação só possível nas áreas pelas quais nos sentimos irresistivelmente atraídos, pelas quais sofremos de curiosidade incessante, todo o tempo alimentada pela imaginação, pelo... e se...?

O garoto da resposta dos 600 milhões de gatos não entendeu a diferença entre saber e conhecer (ele ainda é novinho...). Ele também não entendeu que o que separa uma pergunta de uma resposta é um processo objetivo, subjetivo, intelectual, intuitivo, emocional, integral... humano de auto-transformação...


Ele não entendeu que conhecer, aprender é criar... criar as suas respostas para os contextos que você habita...

Todos fazemos parte dessa comunidade porque temos um interesse comum em Agilidade de Negócios. Mas onde estão os seus maiores interesses? No que você se pega pensando quando não está fazendo nada? Quais são as perguntas que te movem?


O poder das perguntas na criação e aquisição de conhecimento, na motivação e no engajamento para a aprendizagem e, em última instância, para a transformação do mundo, nunca pode ser exagerado.


Com isso em mente, acho que o Núcleo Conhecimento deve ser alimentado tanto com perguntas quanto com “respostas”. Acho mais, ele deve começar com a reflexão e o registro das perguntas que coletivamente vão direcionar essa comunidade na construção das capacidades necessárias para co-criarem as mudanças desejadas em suas organizações.

Apenas boas perguntas - perguntas generosas, que inspiram, que aprofundam, que avançam, intimamente conectadas com a realidade vivida no dia-a-dia das organizações a que pertencemos, podem garantir que esse núcleo não seja um mero repositório de informações, ou um “mini google temático”, mas um corpo de conhecimento que aliado a uma postura de aprendiz e à prática constante da arte do possível, vai ajudar a construir os caminhos da Agilidade de Negócios em nossas empresas.


Seja bem-vind@!


 
 
 

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